Um sismo de 6,1 abateu Creta ao largo, não gerando relatos de danos significativos, mas condicionando pequenas alterações na ilha. Este evento sísmico foi sentido até na Turquia e Israel, de acordo com o Serviço Geológico dos Estados Unidos.
Os serviços de emergência na ilha grega de Creta encontram-se actualmente em alerta máximo depois de um sismo de magnitude 6,1 na escala de Richter ter abalado a região durante a madrugada de quinta-feira. O epicentro do terramoto foi registado a cerca de 79 km da cidade de Heraklion, com uma profundidade focal de 60,3 quilómetros, de acordo com dados do Instituto Geodinâmico do Observatório Nacional de Atenas.
O tremor de terra, sentido também em locais tão distantes como a Turquia e Israel, provocou pânico entre residentes e turistas, especialmente porque ocorreu em plena época de Verão, quando Creta é um destino turístico popular. No entanto, até ao momento, não foram reportados danos materiais significativos nem pedidos de assistência ao corpo de bombeiros, como indicam as autoridades locais.
Apesar da sua intensidade, o fenómeno natural está a ser gerido com prudência pelas autoridades cretenses. Algumas áreas da ilha registraram pequenos deslizamentos de terra, principalmente no sistema viário provincial, como a estrada Tertsa–Mirtos, no município de Viannos, que teve de ser temporariamente encerrada devido a risco acrescido. Pequenas partes de um edifício em Heraklion também cederam, mas sem causar feridos.
Os alunos da ilha foram afectados com o encerramento preventivo de algumas escolas para inspecções de segurança, mas as autoridades municipais asseguram que, em geral, a infraestrutura da ilha resistiu bem ao abalo. Entretanto, a população foi alertada para a possibilidade de réplicas, o que é comum após tremores de grande magnitude.
Em declarações à imprensa, o presidente da Agência de Planeamento e Proteção contra Terramotos, Efthimios Lekkas, comentou que foi positivo o sismo ter-se refugiado no mar, minimizando o risco de um tsunami. Lekkas prevê que, dada a profundidade da falha tectónica onde o sismo ocorreu, estes movimentos dificilmente trarão repercussões catastróficas para a superfície.
A ilha de Creta, localizada numa região sismicamente ativa, tem visto um aumento de actividade tectónica nos últimos tempos, o que obriga as autoridades a manterem uma vigilância constante. Nos últimos dias, uma série de abalos foram sentidos na área, alimentando receios de que mais eventos sísmicos possam ocorrer.
Em paralelo com os esforços defensivos às autoridades gregas, outros países, como Israel e Turquia, também experimentaram o tremor, reforçando a preparação devido a preocupações de possíveis danos. No entanto, a extensão do impacto fora de Creta tem sido, até ao momento, relativamente contida.
A recorrente actividade sísmica na região é frequentemente atribuída ao movimento das placas tectónicas entre as placas africana e europeia, o que já gerou abalos significativos no passado. Os especialistas notam que, apesar da pressão entre estas placas ser um habitual gerador de sismos, a probabilidade de gerar um tsunami é limitada.
Este desenvolvimento prossegue uma tendência recente de actividade sísmica na região, requisitando uma contínua prontidão e avaliação técnica das condições geológicas.
Este artigo foi produzido com base nas seguintes fontes: https://www.publico.pt/2025/05/22/mundo/noticia/bombeiros-gregos-alerta-maximo-apos-sismo-magnitude-61-atingir-creta-2133921, https://pt.euronews.com/2025/05/22/terramoto-de-61-na-escala-de-richter-ao-largo-de-creta e https://observador.pt/2025/05/22/sismo-com-magnitude-61-atinge-as-ilhas-gregas-de-creta-e-santorini/